O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, considerou que o Partido Socialista (PS) e o seu secretário-geral têm combatido as políticas de austeridade e os seus efeitos para tentar mitigar os sacrifícios impostos aos portugueses.
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"O PS tem tido uma postura de alguma lisura, em relação à política de austeridade tem castigado bastante este Governo. Apresentou uma moção de censura que teve ampla reação por parte dos partidos da maioria governamental", disse Carlos Silva à agência Lusa.
Carlos Silva, que foi eleito secretário-geral da UGT no domingo, vai participar no congresso do PS, que hoje começa em Santa Maria da Feira, na qualidade de membro da Comissão Nacional do partido.
O sindicalista considerou que o PS e o seu secretário-geral, António José Seguro, têm feito o seu caminho na defesa dos trabalhadores e dos portugueses em geral.
"Mas Reconheço que o partido Socialista tem feito também um esforço para corresponder ao apelo ao consenso quer por parte do Presidente da República, quer por parte do primeiro-ministro", disse.
O novo líder da UGT criticou a falta de diálogo do Governo e afirmou que o consenso não se constrói com imposições ou sem ouvir as organizações.
Para Carlos Silva, o secretário-geral do PS tem manifestado preocupação pelos problemas do país e pelas medidas de austeridade que têm sido impostas aos portugueses.
Lembrou que António José Seguro defendeu algumas alterações ao Orçamento do Estado para este ano, "que infelizmente não foram ouvidas", e que "teriam mitigado as dificuldades sentidas pelos portugueses".
"Não digo que se o PS neste momento fosse Governo, o cenário seria melhor, que tudo ficaria cor-de-rosa. Mas o PS sempre teve uma especial preocupação com as políticas sociais, com a solidariedade. Elas fazem parte da sua génese de construção da democracia em Portugal e da liberdade", disse.
O sindicalista considerou ainda que as polítcas liberais não servem as políticas humanistas, que fazem falta em Portugal e na Europa.