O porta-voz do PSD, Marco António Costa, acusou, esta quarta-feira, o PS de ter proposto a flexibilização da meta do défice de 2014 para 5% do Produto Interno Bruto por eleitoralismo.
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"Julgo que o PS sabe que a discussão que tem existido é à volta dos 4,5%. O PS quis ser mais eleitoralista e, portanto, veio propor 5%. O PS anda nesta procura de cata-vento de campanha eleitoral para obter em todos os seus procedimentos ganhos eleitorais", declarou o porta-voz do PSD.
Marco António Costa, que falava no final de uma visita a uma empresa da freguesia de Arcozelo, no concelho de Vila Verde, integrada na sua volta de campanha para as eleições autárquicas, sugeriu aos jornalistas que consultassem a proposta inicial do chamado PEC IV "do PS e de atuais dirigentes do défice relativamente aos objetivos do défice" para 2014 e 2015.
O porta-voz do PSD sugeriu à comunicação social que fizesse "uma estimativa do que é que isso significaria de políticas de austeridade até ao dia de hoje e nomeadamente no próximo ano para se atingir esses objetivos".
"Trata-se, sem dúvida, de um bom exercício. Recordar, neste caso, também é viver. É viver a realidade de um Governo do PS e de um PS, no seu todo, que se apresentava com um objetivo de défice de 1% no PEC IV, de um PS e de um Governo que considerava que era possível fazer esta redução num pouquíssimo espaço de tempo", disse Marco António Costa.
O social-democrata acrescentou que "o mesmo PS, pouco tempo depois" mudou de posição, "sempre num discurso - particularmente em campanha eleitoral - de facilidades e num discurso de completa indisponibilidade para o diálogo e a concertação estratégica".
Segundo Marco António Costa, o Governo PSD/CDS-PP tem sido "o mais exigente possível na defesa dos interesses de Portugal" nas negociações com a troika, "procurando antes resultados em vez de fazer proclamações com objetivos eleitoralistas".