O cabeça-de-lista social-democrata às eleições europeias, Paulo Rangel, e a presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, defenderam no sábado a ideia de que o seu partido é "o porta-voz do interesse nacional".
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A ideia foi repetida por Paulo Rangel e Manuela Ferreira Leite no Porto e em Lisboa, onde estiveram no sábado, dia em que também assinalaram várias vezes o facto de os líderes socialistas e primeiros-ministros português e espanhol se terem juntado em campanha para as europeias.
Este domingo, a comitiva do PSD volta a dirigir-se para Norte, passando por Seia e Gouveia, no distrito da Guarda, e encerrando o dia com um jantar em Boticas, no distrito de Vila Real.
No sábado, as iniciativas conjuntas de José Sócrates e José Luis Zapatero não passaram ao lado da campanha do PSD, tendo sido aprovadas por Paulo Rangel para acusar o primeiro-ministro de ter apostado economicamente em "Espanha, Espanha, Espanha", com "consequências económicas catastróficas para Portugal".
Paulo Rangel reiterou essa acusação ao longo do dia, enquanto a presidente do PSD abordou o assunto ao jantar, em Lisboa.
Por um lado, Manuela Ferreira Leite considerou que "os socialistas estão todos a unir-se" para "conquistar o Parlamento Europeu" e que os sociais-democratas devem fazer o mesmo. Por outro, acusou Sócrates de estar mais disponível para "encontros partidários" do que para encontros em que tenha de "defender o interesse nacional".
A defesa do interesse nacional, lema que aparece nos cartazes que têm a imagem de Paulo Rangel, foi uma das expressões mais usadas pelo cabeça-de-lista social-democrata nos seus discursos, reclamada como uma característica que distingue o PSD do PS.
"Vamos votar no PSD, que é o porta-estandarte é o porta-voz do interesse nacional", declarou, ao final da noite, em Lisboa, alegando que "o PS faz comícios para espanhol ver" e "não tem realmente sentido do interesse nacional".
No mesmo sentido, Manuela Ferreira Leite apelou aos sociais-democratas: "Devemos unir-nos com força, com determinação, com coragem, sem medo, mas simplesmente a pensar no interesse nacional mais do que no interesse do partido".