O deputado do PSD Miguel Frasquilho mostrou-se, esta quinta-feira, animado com os dados sobre a colocação de dívida portuguesa a cinco anos nos mercados e afirmou que um eventual segundo resgate "tem uma probabilidade extraordinariamente reduzida de acontecer".
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"Pensamos que há um fator que, neste momento, tem uma probabilidade extraordinariamente reduzida de acontecer - pensamos mesmo que não vai acontecer -, um segundo resgate. A forma de saída do programa será, portanto, positiva. Veremos, quando estivermos mais próximos, se será necessário um programa cautelar ou não", disse Miguel Frasquilho no Parlamento.
O parlamentar social-democrata congratulou-se com a procura de nove mil milhões de euros e os juros mais baixos do que inicialmente previsto. A operação para colocar dívida na linha de Obrigações do Tesouro, que vence em junho de 2019, foi anunciada quarta-feira e lançada esta quinta-feira, realizada pelo sindicato bancário composto pela Caixa BI, Barclays, Goldman Sachs, HSBC, Morgan Stanley e Société Generale.
"Sabe-se que, na colocação de dívida desta manhã, a um prazo de cinco anos, a procura excedeu largamente a oferta - terá sido cerca de três vezes superior -, o juro andará na casa dos 4,6% e o diferencial para as taxas alemãs está a um nível bastante inferior ao que tínhamos quando houve o pedido de resgate, em 2011", salientou.
As condições anunciadas aos operadores não davam tamanho indicativo para quando Portugal pretendia arrecadar com a operação, mas indicavam uma taxa de juro de 340 pontos base acima da taxa base do mercado para a dívida a cinco anos.
"Esperamos que as notícias possam continuar a ser positivas nos próximos meses e que permitam a Portugal fechar da maneira que todos desejamos fechar o programa de ajustamento, que terminará em maio de 2014", desejou Frasquilho.
