O deputado social-democrata Carlos Abreu Amorim devolveu, esta quarta-feira, a acusação de "agenda escondida" ao PS, criticando a falta de propostas socialistas, e prometeu que o Governo da maioria vai apresentar o Documento de Estratégia Orçamental em abril.
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"Queremos apelar ao PS para que deixe de pensar tanto e exclusivamente na campanha eleitoral e pense mais no país. Que pare, de uma vez por todas de falar em agenda escondida. O país quer saber se o PS quer cumprir os compromissos, quer as metas acordadas com as entidades internacionais, quer o Tratado Orçamental", afirmou, nos Passos Perdidos do Parlamento.
O secretário-geral do PS, António José Seguro, instara o primeiro-ministro, Passos Coelho, a "falar verdade" aos portugueses e revelar os cortes que pretende fazer e o vice-presidente da bancada 'rosa' José Junqueiro acusou o chefe do Governo PSD/CDS-PP de governar "por fugas de informação controlada", com "uma agenda escondida".
"A única agenda escondida que é conhecida neste país é exatamente a do PS por uma razão muito simples: não se sabe o que quer. O PS tem que se definir. Não falem em agendas escondidas aqueles que apresentam alternativas que não se sabe o que são, que estão camufladas", contrapôs Abreu Amorim.
O deputado do PSD condenou o maior partido da oposição por, até agora, só ter apresentado "duas medidas concretas": "O fim da ADSE e a criação de um tribunal para investidores ricos".
O parlamentar 'laranja', escusando-se a falar em novos cortes, vincou o compromisso governamental de apresentação pública do DEO "dentro dos prazos que estão estabelecidos", ou seja, "exatamente o mês de abril".