O economista Eduardo Catroga afirmou esta terça-feira que o PSD terá autonomia, se for Governo, para substituir eventuais "medidas penalizadoras para os portugueses" do programa de ajuda externa a Portugal por outras que cumpram os mesmos objectivos.
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Numa declaração aos jornalistas, sem direito a perguntas, na sede nacional do PSD, em Lisboa, Eduardo Catroga referiu ter defendido este princípio de autonomia junto da "troika" composta pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (CE), "independentemente dos objectivos que vierem a ser definidos para o período 2011-2014".
"E houve uma adesão a este princípio de que o PSD, se for Governo, fica com autonomia para propor um novo 'mix' de políticas, se por acaso aparecerem amanhã (quarta-feira) surpresas de medidas penalizadoras para os portugueses", acrescentou o antigo ministro das Finanças.
Negociação "influenciada pelo PSD"
Eduardo Catroga afirmou ainda que a negociação do programa de ajuda externa "foi essencialmente influenciada" pelo PSD e resultou em medidas melhores e que vão mais fundo do que o chamado PEC IV.
O dirigente social-democrata considerou ainda que a revisão da trajetória do défice foi uma "grande vitória" do PSD e congratulou-se também com o facto de o programa de ajuda externa não afectar as "pensões de sobrevivência e de invalidez de cerca de um milhão de pensionistas com menos de 200 euros mensais".