O presidente cessante da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas, denunciou, este sábado de manhã, em Santarém, na abertura do XXI congresso da organização, a existência de "uma tentativa de menorização", que pretendeu remeter os autarcas para "a condição de dependência dos serviços da Administração Central".
Ruas, que hoje será substituído pelo socialista Manuel Machado, após 12 anos na liderança da ANMP, sustenta que o Poder Local não escapou ao impacto de memorando de entendimento assinado com a troika, documento "que foi distorcendo e marcando todos os princípios e regras por que se guia todo e qualquer país livre, soberano e independente".
Na hora da despedida, o ex-presidente da Câmara de Viseu, sublinhou uma vez mais a redução do passivo dos municípios em 1300 milhões de euros.
Assim foi criado um superavit, que contrasta com a situação orçamental do Estado - "esse sim despesista" - cujo passivo cresceu 48 mil milhões desde o final de 2010.
