O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje, na Assembleia da República, na abertura do debate quinzenal, que vai propor à concertação social que o salário mínimo se fixe em 475 euros no próximo ano.
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Na sua intervenção inicial, José Sócrates referiu que o valor avançado "cumpre o acordo estabelecido com os parceiros sociais". O primeiro-ministro apresentou, também três medidas para ajudar as empresas, entre estas a redução excepcional em um ponto percentual da contribuição social a cargo da empresa relativa aos trabalhadores com salário mínimo e um alargamento do prazo para empresas regularizarem dívidas ao fisco.
Veja quais as medidas apresentadas.
"Aumentando agora o salário mínimo para 475 euros, respeitaremos escrupulosamente esse acordo e a evolução nele prevista. Mas a segunda razão é ainda mais importante: o aumento do salário mínimo é mais um passo dado num caminho que deve mobilizar todo o país, o caminho da justiça social", defendeu Sócrates perante os deputados.
José Sócrates aludiu depois a correntes de opinião que criticarão a sua decisão de aumentar o salário mínimo numa conjuntura económica de crise.
No entanto, o líder do executivo contrapôs que "é nos tempos de dificuldade que devemos olhar com mais atenção para quem mais precisa".
"É nos tempos de dificuldade que mais devemos promover medidas que reduzam as desigualdades, combatam a pobreza e promovam a justiça social", sustentou.