Henrique Gomes, secretário de Estado da Energia, saiu do Executivo liderado por Pedro Passos Coelho, por motivos de "índole pessoal e familiar", avançou fonte governamental.
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O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, já propôs ao Presidente da República a substituição de Henrique Gomes por Artur Trindade, diretor de Custos e Proveitos da Entidade Reguladora do Setor Energético (ERSE).
Henrique Gomes, antigo administrador da REN e da Gás de Portugal, deixa o Governo após nove meses em funções.
Esta é a primeira 'baixa' no XIX Governo Constitucional desde a tomada de posse a 21 de junho de 2011 e acontece no Ministério da Economia e do Emprego, tutelado por Álvaro Santos Pereira, um dos ministros que têm estado no centro da polémica sobre a tutela dos fundos comunitários.
Na sexta-feira, questionado sobre a possibilidade de Álvaro Santos Pereira ocupar o lugar de embaixador de Portugal na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), avançada pelo jornal "i", o primeiro-ministro respondeu que não estava "em mira qualquer substituição de nenhum membro do Governo".
"O ministro Álvaro Santos Pereira está a fazer um bom trabalho à frente do Ministério da Economia e não tenciono prescindir dele", disse durante uma conferência de imprensa, no final de um encontro com o chefe do Executivo da Suécia, Fredrik Reinfeldt, na sede do Governo, em Estocolmo.
Artur Trindade, mestre em Economia pela Universidade de Kent, no Reino Unido, e diretor de Custos e Proveitos da ERSE, teve a seu cargo a aplicação de metodologias de regulação económica às empresas dos setores elétrico e do gás natural, incluindo o cálculo da taxa de remuneração dos ativos, a implementação e a monitorização de incentivos à gestão eficiente das atividades reguladas e a monitorização dos custos com a Manutenção do Equilíbrio Contratual, dos sobrecustos com as energias renováveis, cogeração e com o financiamento dos sistemas elétricos das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.