O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, criticou o reforço do contingente militar português no Afeganistão, considerando que contraria a Constituição e que Portugal só devia participar em missões de paz e cooperação.
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O primeiro-ministro José Sócrates anunciou sexta-feira aos restantes líderes da NATO, reunidos numa cimeira em Estrasburgo (França), a intenção de Portugal de reforçar a sua presença militar no Afeganistão, "acompanhando o esforço" dos seus aliados.
Segundo o líder comunista, a decisão não está "em conformidade com o que diz a Constituição da República, não é o PCP que afirma, da necessidade de uma participação à escala internacional no plano da paz e cooperação e não no plano armamentista".
Jerónimo de Sousa falava aos jornalistas no final da Assembleia Distrital do PCP de Castelo Branco, no Fundão.
"O Governo, seguindo à risca as orientações da NATO e dos Estados Unidos da América, mais uma vez se disponibilizou para abrir a possibilidade de mais envio de forças para envio de forças para aquela zona tremenda", sublinhou o secretário-geral do PCP.
Jerónimo de Sousa conclui que o reforço é feito "à revelia dos comandos constitucionais", designadamente do seu artigo sétimo (sobre as relações internacionais).