Seguro acusa Passos de ser o primeiro-ministro com menor sensibilidade social de sempre
O secretário-geral do PS acusou, esta quarta-feira,Pedro Passos Coelho de ser o primeiro-ministro com menor sensibilidade social de sempre, depois de o líder do executivo ter rejeitado o apelo para mudar de caminho, apostando no crescimento e emprego.
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António José Seguro falava no debate quinzenal, na Assembleia da República, no seu décimo "frente-a-frente" com o líder do executivo.
"Desafio-o a mudar de caminho", apelou o líder socialista, desafio que logo depois foi rejeitado por Pedro Passos Coelho, dizendo que a presente conjuntura do país "é resultado da irresponsabilidade" dos anteriores executivos de José Sócrates e que a sua política visa sobretudo que Portugal volte a ter "independência fiscal e orçamental" perante o exterior.
Na sua primeira intervenção, António José Seguro começou por separar águas face ao Governo, sustentando que o seu caminho "é o do crescimento e do emprego", mas o do primeiro-ministro "é o da austeridade custe o que custar".
"Portugal tem a mais elevada taxa de desemprego de sempre, com 1,2 milhões de portugueses sem trabalho, e regista uma contínua quebra da economia. Por dia, há 900 portugueses a caírem no desemprego, dos quais 92 são jovens. Todos os dias 17 empresas vão à falência", acrescentou.
Perante a recusa de Pedro Passos Coelho em mudar as prioridades políticas do seu Governo, António José Seguro declarou: "É o primeiro-ministro com maior insensibilidade social de sempre".
Na resposta, Pedro Passos Coelho lamentou que o líder socialista esteja a entrar num caminho de "demagogia".