O secretário-geral do Partido Socialista, António José Seguro, considerou, este domingo, que as candidaturas a Presidente "não são formadas no interior dos partidos", comentando a declaração de apoio a Guterres do seu adversário nas eleições primárias do PS, António Costa.
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"São os cidadãos que estão disponíveis para ser candidatos a Presidente da República que se apresentam", frisou Seguro.
Em entrevista ao jornal Público, António Costa considera que "seria um privilégio para o país" ter Guterres como Presidente: "se tivesse que escolher, creio que era seguramente o melhor que a esquerda poderia ter".
Presente em Condeixa-a-Nova, nas comemorações do Dia da Federação Distrital de Coimbra do PS, António José Seguro salientou que António Costa se afastou da corrida a Belém.
"É verdade, eu vi o António Costa hoje a um jornal, numa entrevista, dizer que apoia António Guterres para Presidente da República, mas eu acho que a notícia é que o António Costa não é candidato a Presidente da República", disse António José Seguro aos jornalistas.
No discurso proferido perante cerca de 150 militantes e simpatizantes do PS, António José Seguro disse que "alguns", que não identificou, consideram que governar "é apenas lutar para chegar ao poder", criticando essa opção e assegurando que não possui um projeto de poder em Portugal.
"O poder não é um fim em si mesmo, o poder é um meio para nós aplicarmos um projeto político. Nós não temos um projeto de poder em Portugal, nós temos um projeto político para mudar Portugal", alegou.