O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, afirmou que a decisão do Tribunal Constitucional em relação a três normas do Orçamento para 2014 é uma "monumental derrota" para o Governo, que deve demitir-se.
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"No espaço de uma semana tivemos duas derrotas monumentais do Governo, no último domingo uma derrota monumental, a maior de sempre, no plano eleitoral, e agora temos uma segunda grande derrota no plano constitucional", declarou.
Arménio Carlos falava na Covilhã, antes de dar início a uma ação pública de reivindicação do aumento do salário mínimo nacional e pela defesa da contratação coletiva de trabalho.
O líder da CGTP referiu que o "Governo perdeu a legitimidade para continuar a governar" e sublinhou que este "está fora da lei" por estar em "confronto direto com a Constituição da República Portuguesa".
Já o secretário-geral da UGT mostrou-se satisfeito com o "sentido de justiça, embora não completamente cumprida", que teve o chumbo do Tribunal Constitucional a três dos quatro artigos em análise.
Em declarações aos jornalistas em Viseu, Carlos Silva congratulou-se por ter sido "reposta a justiça para os trabalhadores da administração pública", com o chumbo aos cortes dos salários acima dos 675 euros.
"Mesmo que não haja retroatividade, nem reposição dos cortes que foram impostos à administração pública, acho que a justiça está reposta em Portugal", considerou, frisando que estes trabalhadores "foram vítimas de uma tremenda injustiça" e que quem ganha acima de 675 euros não pode ser considerado rico