O antigo ministro das Finanças Teixeira dos Santos defendeu esta quinta-feira que "a inovação precisa de políticas públicas, porque há claramente falhas de mercado", que levam a "um subinvestimento na área".
Corpo do artigo
Na conferência sobre "O financiamento global da inovação", na Fundação de Serralves, no Porto, o ex-ministro das Finanças revelou que aceitou o convite para moderador "a título excepcional", adiantando que é altura de se resguardar e "dar o palco a outros".
Teixeira dos Santos afirmou que "há um subinvestimento na área da inovação", que é "uma aposta estratégica para a competitividade", defendendo ser "um caso de políticas públicas, porque há claramente falhas de mercado".
O antigo ministro das Finanças disse ainda que o programa de ajuda externa negociado com a troika "é adequado aos desafios que o país tem".
Teixeira dos Santos afirmou que foi "um privilégio" ter negociado o programa de ajuda financeira, que, acrescentou, "é um programa adequado aos desafios do país".
Elogiou também o trabalho de Carlos Costa, que participava como orador, realçando que "ter do lado do Banco de Portugal um negociador como Carlos Costa tornou possível ter um programa que é a resposta adequada aos desafios que o país tem".
Na última conferência do ciclo "O Imaterial: Os novos paradigmas da contemporaneidade", o antigo ministro das Finanças disse que contou sempre com "um grande apoio de Carlos Costa em relação à análise e acompanhamento da situação financeira".
"Esperamos que Portugal vença os desafios", declarou Teixeira dos Santos que negociou com o FMI, o BCE e a UE o plano de ajuda financeira a Portugal, no valor de 78 mil milhões de euros.
