O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, garantiu que a privatização da TAP só será concluída se ficar assegurado "o interesse nacional, da empresa, dos trabalhadores e economia nacional" e que o Tribunal de Contas fiscalizará o processo desde o início e não apenas no final da operação.
Corpo do artigo
Com estas garantias, o Governo considera que ficam asseguradas "a transparência, o rigor e a seriedade" de todo o processo de privatização da empresa transportadora aérea.
O tema da privatização esteve em debate, esta sexta-feira de manhã, no Parlamento, por iniciativa do PCP, para quem "é fundamental que a TAP continue em mãos públicas".
A defesa da manutenção da transportadora como empresa pública foi também defendida pelo BE que "não quer ver a TAP a voar baixinho" e pelos Verdes, que acusaram o Governo de "cegueira neoliberal".
Os socialistas revelaram dúvidas sobre a transparência do processo de privatização e a Direita contestou, considerando que tudo tem sido transparente e que o importante é a manutenação da posição estratégica da TAP.
No final do debate, foram rejeitados pela Maioria e pelo PS os projetos de resolução do PCP e do BE para a cessação de vigência da privatização e também não foi aprovada pelo PSD e CDS, com a abstenção do resto da Oposição, a recomendação dos socialistas para que o processo fosse suspenso. Os deputados madeirenses do PSD e Isabel Moreira, do PS, anunciaram a apresentação de uma declaração de voto sobre o assunto. O socialista João Soares votou a favor dos projetos de resolução do PCP e do BE.