Um inquérito feito a professores de 1º ciclo revela que 93% desses docentes usa o Magalhães para ensinar os alunos a utilizar o computador mas menos de um quinto (19%) fá-lo para lhes aplicar testes. Até final do mês mais de 22 mil MG2 chegaram às escolas.
Na próxima semana, devem chegar às escolas mais 11721 MG2, garantiu ao JN o secretário de Estado da Educação, João da Mata. No total, desde o arranque do ano lectivo e até final do mês, o Ministério da Educação (ME) distribuiu 22644 portáteis.
O MG2, recorde-se, é o novo computador do programa e-escolinha, destinado a alunos do 1º ciclo do ensino básico, e que sucede ao Magalhães.
O objectivo do Governo é distribuir 250 mil portáteis até às férias da Páscoa - cem mil a alunos do 2º ano, outros cem mil aos do 1º e cerca de 50 mil aos docentes.
O inquérito realizado durante o anterior ano lectivo a 9473 professores do 1º ciclo (num universo de mais de 34 mil) e ontem divulgado foi promovido pelo Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (GEPE) do ME.
Noventa e dois por cento dos docentes inquiridos manifestaram usar o Magalhães na sala de aula mas só 8% o fazem todos os dias da semana, enquanto quase metade (49%) o fazem só um dia por semana.
Entre as actividades realizadasna sala de aula com o Magalhães, 93% dos professores responderam usar o portátil para ensinar as crianças a utilizar o computador, navegar e pesquisar na Internet (78%), ler (71%) ou aceder à biblioteca de livros digitais (59%); quarenta por cento reconheceram utilizá-lo para jogar, enviar mensagens (29%), tirar fotografias (11%) ou fazer filmes (7%).
Já para outras actividades como "apoiar a realização/correcção de trabalhos de casa" ou "aplicar testes aos alunos", o Magalhães só foi utilizado por 23% (menos de 2200) e 19% (cerca de 1800) dos docentes questionados.
Para o secretário de Estado o inquérito não podia ser mais positivo.
O facto de 19% dos professores classificar o e-escolinha de "Excelente/ Muito Bom", 55% de "Bom" e 22% "Nem bom/ nem mau"; de 79% concordar que o programa "permite a igualdade de oportunidades no acesso a computadores" e o de 92% garantir que usa o portátil na sala de aula terminam para João da Mata com as dúvidas sobre o uso didáctico do Magalhães.
Metade dos docentes concorda que o Magalhães "melhora os resultados escolares" e para 49% "é um instrumento de trabalho indispensável à aprendizagem"; um terço considera que promove a participação dos pais no processo de aprendizagem e só 14% concorda que o portátil "serve apenas para a criança jogar".
