A presidente da Assembleia Municipal do Funchal, Maria Luísa Clode, renunciou ao lugar de deputada municipal, dias depois de três vereadores anunciarem a sua renúncia aos cargos.
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Numa carta enviada aos deputados municipais, a que a Lusa teve acesso, Luísa Clode explica que, "face aos recentes desenvolvimentos" no município e "às exigências" da sua vida pessoal e profissional, entende "não ter mais disponibilidade para continuar a exercer as funções" que lhe foram confiadas.
Maria Luísa Clode assume que sai "com consciência tranquila" e "certa de ter desenvolvido o trabalho de forma empenhada e independente".
A vice-presidente da câmara, Filipa Jardim Fernandes, e os vereadores Gil Canha e José Edgar da Silva vão formalizar a renúncia aos respetivos mandatos na reunião camarária de quinta-feira.
A presidente da assembleia municipal e os três vereadores foram eleitos nas eleições autárquicas de 29 de setembro pela coligação "Mudança" (PS, BE, MPT, PAN, PND e PTP), que destronou o PSD após quase quatro décadas de governação na principal câmara da Madeira.
Os problemas no seio do executivo do Funchal surgiram há mais de uma semana quando o presidente da autarquia, Paulo Cafôfo, decidiu redistribuir pelouros, tirando a responsabilidade pela Fiscalização Municipal ao vereador ao vereador Gil Canha (PND.
Em desacordo com a decisão, este autarca acabou por rejeitar todas as suas competências na câmara, decisão secundada dias depois pela vice-presidente, Filipa Jardim Fernandes (independente), e pelo vereador Edgar Silva (PTP).
Da equipa inicial de Paulo Cafôfo apenas se mantém em funções Idalina Perestrelo (independente).
