A dois dias da realização do sorteio da fase final do Mundial, a FIFA anunciou uma série de alterações às regras do mesmo, provocadas pelo facto de haver nove seleções europeias que não são cabeças de série, Portugal incluído. Como é habitual, o organismo liderado por Joseph Blatter dividiu os 32 participantes em quatro potes, mas desta vez o 4 terá nove países (todos europeus) e o 2 apenas sete (dois sul-americanos e cinco africanos).
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Antes do sorteio propriamente dito, uma das seleções do pote 4 (Portugal, Itália, Holanda, Grécia, Inglaterra, Croácia, França, Bósnia ou Rússia) será desviada para o pote 2. A seguir, e para evitar que essa seleção europeia calhe num grupo com um cabeça de série do mesmo continente (Espanha, Alemanha, Suíça ou Bélgica), as quatro equipas sul-americanas do pote 1 (Brasil, Argentina, Colômbia e Uruguai) serão colocadas num inédito pote X, ao qual irá parar a tal seleção sorteada do pote 4 para o 2.
Confuso? O próprio secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, admitiu que sim, após a reunião de ontem na Costa do Sauípe (Baía), local da gala de depois de amanhã. "Sei que não é fácil perceber à primeira... Também demorei um pouco para entender tudo", afirmou, sublinhando o objetivo, agora atingido, de evitar a presença de mais de duas seleções europeias no mesmo grupo da fase final.
Em teoria, a beneficiada com as mudanças é a França, a pior das nove europeias do pote 4, segundo o ranking da FIFA de outubro, que serve de referência para o sorteio. A seleção portuguesa poderá, assim, mudar de pote à última hora, o que significaria evitar Espanha, Alemanha, Suíça e Bélgica.