"Fiquei contente quando soube que tinha ganho, pois eu é que pedi à minha mãe para concorrer. No ano passado, também me candidatei, tal como o meu irmão Alberto, que foi um dos escolhidos pelo júri.
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Este prémio é merecido, pois também tenho boas notas", diz Ana Rita Almeida, 8 anos, do Marco de Canaveses, uma das 15 vencedoras da terceira edição da iniciativa "Regresso às Aulas". Graças ao vale de 500 euros da Staples, a jovem aluna vai poder ter o tablet que tanto desejou. O resto será para compartir com o irmão mais velho, também ele estudante de excelência, ou não tivesse concluído o 6.º ano com avaliação "5" a todas as disciplinas.
E quando estuda, é em Alberto que Ana Rita tem um apoio. "Às vezes ele ajuda-me com a matérias, mas outras vezes é chato", atira a premiada, que adora ler histórias da Cinderela, Nemo e princesas e sonha andar de avião. Por seu lado, Celeste Pinto, 43 anos, desempregada, mostra-se muito orgulhosa pelos filhos terem sido ambos premiados, no entanto, confessa que este ano não pensava participar. "Achei que não devia, mas a Rita disse-me que se não participasse estava a ser injusta com ela. A verdade é que ela também teve muito boas notas", salienta a mãe. Sobre o prémio, considera que é um motivo de orgulho e um estímulo para os filhos continuarem a estudar, além de ser um alívio financeiro. "Graças a esta iniciativa podemos dar algumas coisas que se calhar não dávamos ou não daríamos com tanta facilidade", avança esta mãe, que procurar consciencializar os filhos para o esforço que, enquanto pais, fazem "para que não lhes falte nada".
"Eles têm de saber que há diferenças e que não temos todos as mesmas possibilidades", frisa. Com dois excelentes alunos em casa, Celeste Pinto costuma mandá-los estudar. Ainda assim, não deixa de lhes incutir a importância dos estudos no futuro deles. "Cada vez mais, se não se tiver uma formação académica, mais difícil será encontrar emprego. Com estudos já é difícil, quando mais sem eles", finaliza.