Tudo aponta para que não tenha existido crime no caso do homem encontrado carbonizado dentro de um carro, domingo à noite, em Vila Seca, Barcelos.
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A vítima, Jaime Carvalho de Sousa, 64 anos anos, residente na Estela, Póvoa de Varzim, estava acompanhada por um conhecido, que já contou às autoridades o modo como o carro se incendiou por causa de uma suposta avaria. Mas a Polícia Judiciária (PJ) aguarda ainda o resultado da autópsia para resolver o caso em definitivo.
Joaquim Faria, o proprietário do Café Córsica, situado a cerca de um quilómetro e meio do local do incêndio, foi o primeiro a ouvir o relato do acompanhante da vítima. "Ele disse que foram dar a um caminho sem saída e que, ao tentar fazer marcha atrás, o carro pegou fogo. Não deu mais detalhes, disse apenas que ainda tentou socorrer o amigo, mas que não conseguiu", contou Joaquim Faria ao JN. Só quando a história passou a ser tema de conversa no café é que o dono alertou as autoridades. "Liguei para a GNR e depois vieram cá elementos da PJ buscá-lo", explicou, acrescentando que o indivíduo, na casa dos 50 anos, não era um cliente habitual e disse ser da Aguçadoura, Póvoa de Varzim.
Os Bombeiros de Barcelinhos foram alertados, cerca das 20.30 horas de domingo, para um incêndio florestal e só quando chegaram ao local é que viram o carro a arder e o corpo, no lugar do condutor, com o assento inclinado para trás. O carro, um "Mitsubishi Lancer", ficou destruído.
Para já, nada terá sido encontrado pela PJ que contrarie a versão de que se tratou de uma avaria. O segundo ocupante já foi ouvido e regressou a casa.
O corpo foi transportado para a morgue do Hospital de Braga para autópsia.