O director nacional da PSP, Guedes da Silva, acusou, esta terça-feira, a comunicação social de "distorcer" a actuação da PSP na manifestação em frente à Assembleia da República, no dia da greve geral.
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"A nossa actuação não foi devidamente analisada por quem tem que a analisar. Os órgãos de comunicação social distorceram completamente a nossa actuação. Ninguém perguntou ainda como é que está o polícia que saiu ferido, ninguém perguntou. E tivémos um indivíduo que desmaiou no local, que foi barbaramente agredido, seguraram-lhe a cabeça, bateram-lhe com a cabeça contra uma parede", disse.
"Mas vieram perguntar o que é que aconteceu ao alemão [o indivíduo que terá agredido o agente policial], em que estado está o inquérito, que é uma coisa importantíssima neste momento - é importante, sem dúvida - mas face ao estado de saúde do nosso colega, com certeza que é muito menos importante", acrescentou o director nacional da PSP, adiantando que o polícia agredido "está em casa, de baixa".
Para Guedes da Silva o relato dos acontecimentos no dia da greve geral na comunicação social terá dado a ideia de uma actuação violenta da polícia, uma ideia errada na opinião do director nacional da PSP, que também garantiu não ter havido nenhuma carga sobre os manifestantes que se concentraram em frente à Assembleia da República.
Guedes da Silva falava na sessão de abertura da Conferência "Segurança Interna no actual contexto Económico e Social Europeu", organizada pela ASPP/PSP (Associação Sindical dos Profissionais de Polícia) que decorre, esta terça-feira, na Sobreda da Caparica, em Almada.
Sobre os ataques informáticos ao site de um sindicato de polícia que permitiram a divulgação de dados pessoais de alguns polícias, Guedes da Silva considerou que qualquer violação de dados pessoais é grave, mas lembrou que este tipo de crimes são da competência da Polícia Judiciária e que a PSP se limita a colaborar naquilo que lhe for solicitado.