"Foi um susto grande", confessou Frederico Costa, que, segunda-feira à noite, foi surpreendido por um par de assaltantes que irromperam pela Farmácia Sanches, no Muro, Trofa, onde fazia o último turno do dia.
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"Só me apercebi quando um deles chegou ao balcão com capacete e encapuzado. Fez um gesto com os dedos a pedir dinheiro, mas nunca falou. Nem para o outro falou; foi tudo por gestos", contou, ao JN, o farmacêutico. Só quando o segundo assaltante - condutor da mota e de estatura mais baixa do que o comparsa - entrou, a exigir, em voz alta, "o cofre" e a ordenar ao funcionário que "tivesse as mãos no ar", é que Conceição Sanches, dona do estabelecimento à face da EN 14, se apercebeu do assalto. Eram perto das 22.30 horas.
Estava com o marido em casa, ao lado, e ainda acionou o alarme. "Mas quando ele disparou, eu já ouvia a mota", disse. Tudo não demorou mais de dois minutos e antes de qualquer reação já o duo tinha fugido na direção da Maia com o dinheiro das quatro caixas e cerca de 400 euros em cremes, protetores solares e perfumes que levaram numa mochila.
"Só penso que isto vai recomeçar. Estávamos habituados aos assaltos, mas já nos tínhamos desabituado porque tivemos quatro anos de descanso", disse Conceição Sanches, lembrando a investida anterior, em março de 2010, que calcula ter sido a sétima. "O serviço à noite assusta muito; estamos sempre com o coração nas mãos. É um trauma", lamenta a farmacêutica, que há quatro anos se viu com uma pistola apontada à cara, num assalto. Desta vez, não houve armas, mas chegou para reavivar o medo.
A GNR da Trofa foi chamada ao local.