As autoridades norte-americanas manifestaram-se, esta quinta-feira, "extremamente desapontadas" com a decisão do Tribunal da Relação de Lisboa que recusou a extradição de George Wright.
Corpo do artigo
"George Wright é um assassino condenado por um crime extremamente grave que se enquadra inteiramente nos termos do nosso tratado bilateral de extradição com Portugal. É um fugitivo à justiça", referem as autoridades norte-americanas num comunicado enviado à agência Lusa pela Embaixada dos EUA em Portugal.
O Ministério Público colocou-se ao lado da defesa de George Wright, que tem nacionalidade portuguesa, defendendo a sua não extradição para os Estados Unidos.
Na nota de imprensa, as autoridades dos EUA dizem esperar que Portugal "aja neste caso em conformidade com as obrigações impostas pelo tratado de extradição".
"Vamos analisar a decisão do tribunal e dialogar com as autoridades portuguesas para determinar um caminho a seguir que resulte no regresso de George Wright aos Estados Unidos", lê-se no comunicado.
Fonte judicial disse à agência Lusa que a decisão da não extradição é recorrível para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), mas o recurso só pode ser interposto caso alguém ou alguma entidade se constitua assistente no processo.
Detido a 26 de Setembro pela Polícia Judiciária (PJ) e procurado há 41 anos pelas autoridades norte-americanas, George Wright, de 68 anos, vive em Portugal com o nome de José Luís Jorge Santos.
George Wright opôs-se à extradição para os EUA e hoje o TRL decidiu a seu favor.
Wright foi condenado pelo homicídio, em 1962, de Walter Patterson, o proprietário de uma bomba de gasolina em Wall, Nova Jérsia.