O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, espera que "não tenha havido livre arbítrio" da PSP na detenção de 11 jovens da JCP, sexta-feira à noite, no Porto, mas reconheceu desconhecer o caso em concreto.
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"A nossa juventude, no essencial, cumpre com aquilo que está inscrito na Constituição e na lei e, por razões que ainda poderíamos considerar de excesso de zelo, tem acontecido este ou aquele acidente", afirmou.
Por vezes, "há uma tendência de interpretação errada da lei", continuou Jerónimo de Sousa, acrescentando desconhecer os contornos da detenção dos 11 jovens da JCP, mas deixando um desejo: "Espero que não tenha havido livre arbítrio, mais uma vez".
O secretário-geral do PCP falava aos jornalistas em Moura, no final de um jantar em que foram apresentados os candidatos da CDU às eleições autárquicas naquele concelho, cuja lista à câmara municipal é liderada por Santiago Macias.
Onze jovens da JCP foram hoje detidos numa escola do Porto por pintar um mural alusivo aos dois anos de Governo de Pedro Passos Coelho, revelou à agência Lusa Belmiro Magalhães, da Direção de Organização Regional do Porto (DORP) do PCP.
"Foi uma detenção ilegal, tendo em conta tratar-se de um direito constitucional", acrescentou, à porta da esquadra para onde os jovens foram levados pela PSP.
O responsável pela estrutura distrital do PCP do Porto referiu ainda que quatro dos jovens foram algemados ainda junto ao muro da Escola do Infante, no Porto.
Entretanto, às 22:40, alguns jovens saíram da esquadra numa viatura policial, acompanhados de agentes, para, segundo foi explicado, fazer uma resenha do ocorrido.