O antigo ministro das Obras Públicas João Cravinho garante não ter sido notificado para ser ouvido como testemunha no processo da Universidade Independente e disse ter tido sabido pela comunicação social que devia ser ouvido, esta segunda-feira, no Tribunal de Monsanto.
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João Cravinho falava aos jornalistas à entrada do Tribunal de Monsanto, em Lisboa, onde deverá ser ouvido como testemunha do antigo reitor da Universidade Independente (UNI) Luíz Arouca.
O antigo ministro disse que pretendia esclarecer junto do colectivo de juízes o motivo desta convocação para ser ouvido em julgamento, uma vez que não foi notificado.
O ex-governante socialista admitiu, contudo, que conhece pessoalmente Luíz Arouca, devendo ser esse o motivo da sua ida a tribunal.
Durante a sessão estava também prevista a audição do ex-primeiro-ministro José Sócrates, que justificou a sua ausência por escrito.
À chegada ao tribunal, Luíz Arouca não quis prestar declarações aos jornalistas.
Entre os principais arguidos do caso UNI estão o ex-reitor Luíz Arouca, o antigo vice-reitor Rui Verde e Amadeu Lima de Carvalho, o antigo accionista da empresa SIDES, acusados de associação criminosa, abuso de confiança, fraude fiscal, burla, corrupção e falsificação de documentos.
A crise na UNI começou com suspeitas de irregularidades no funcionamento da instituição, tendo-se verificado em Fevereiro de 2007 sucessivas reviravoltas no controlo da instituição e da empresa que a detinha, a SIDES, disputadas por duas facções em litígio.
A instituição foi encerrada compulsivamente a 31 de Outubro de 2007, por decisão do então ministro do Ensino Superior, Mariano Gago.
