A mãe do pequeno Daniel, que esteve três dias em parte incerta, foi libertada pelo tribunal esta segunda-feira à tarde e sujeita a apresentações periódicas. Acusada de ter participado no desaparecimento da criança, a mãe remeteu-se ao silêncio durante a audiência com a juiza de instrução.
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Lídia Freitas terá que se apresentar às autoridades às terças e sexta-feiras e está também proibida de sair da Região Autónoma da Madeira.
A decisão foi anunciada após Lídia Freitas ter sido ouvida durante a tarde pela juíza de instrução criminal, no Tribunal Judicial do Funchal. "A arguida está indiciada pela prática de um crime de tráfico de pessoas", refere um documento entregue à comunicação social pelo tribunal.
A mesma nota informa que a mãe de Daniel "foi restituída à liberdade, aguardando os ulteriores termos do processo sujeita às seguintes medidas de coação: termo de identidade e residência, obrigação de apresentação bissemanal a efetuar às terças e sextas-feiras, na esquadra da PSP da área da sua residência, e proibição de se ausentar da Região Autónoma da Madeira".
Lídia Freitas abandonou entretanto as instalações do tribunal, tendo saído pela porta traseira do edifício.
A arguida esteve estes últimos dois dias no estabelecimento prisional da Cancela e foi também ouvida esta segunda-feira pelo procurador do Ministério Público na comarca da Ponta do Sol, sendo depois transportada para o Funchal.
Lídia Freitas chegou algemada às instalações da Polícia Judiciária, transportada num veículo ligeiro da força de segurança, tendo sido ouvida depois das 14 horas pela juíza de instrução criminal.
A mulher saiu de casa na última terça-feira para se separar do marido e levou Daniel e a irmã. Ter-se-á juntado ao novo namorado.
O Daniel foi dado como desaparecido desde a tarde de domingo, 19 de janeiro, quando se encontrava na casa do tio e padrinho, na localidade de Reis Acima, na zona alta da Calheta.
Foi encontrado três dias depois por um funcionário responsável pela distribuição de água de rega na Madeira no meio da floresta, próximo de uma levada. Logo na altura, foi afastada a hipóteses da criança ter sobrevivido naqueles três dias de inverno, sozinha no mato.