O comandante do posto de trânsito de Chaves da GNR foi alvo de uma queixa disciplinar por um militar, que o acusa de pegar intencionalmente no seu saco de transporte das botas altas, disse fonte ligada ao processo.
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Este é o último de uma série de casos que se têm registando naquele posto nos últimos dois anos e meio e onde se destaca o roubo de uma arma militar e furto de lenha.
Segundo a fonte, recentemente, o comandante foi confrontado com a queixa por parte do seu militar do posto de trânsito depois de ter havido uma troca de sacos de transporte das botas, em que acabou por levar o errado para uma formação em Lisboa.
Uma situação que terá tido início quando o comandante ao arrumar o saco para a viagem a Lisboa terá dado pela falta do respectivo material, que acabou por ser guardado por um outro guarda no seu armário.
A pedido deste, um terceiro militar terá ido buscar o referido saco, acabando por fazer uma troca, que só terá sido detectada mais tarde.
O guarda que apresentou a queixa contra o comandante terá considerado que este pegou intencionalmente no saco e que os seus direitos foram lesados pela acção do superior hierárquico.
A Agência Lusa contactou o Comando da GNR de Vila Real que apenas referiu que os assuntos referentes a esta unidade tiverem um "encaminhamento legal".
A Lusa tentou ainda obter uma reacção por parte do Comando Nacional da guarda, bem como do Ministério da Administração Interna, mas não obteve qualquer resposta.
Após a extinção da Brigada de Trânsito, em Janeiro de 2009, e da integração destes militares no Comando Territorial da GNR de Vila Real, aumentaram o número de casos verificados naquele posto instalado na cidade fronteiriça do Alto Tâmega.
Neste período, a comunicação social regional e nacional já noticiou situações como o roubo de arma militar, um caso que ainda está a ser investigado pela Policia Judiciária Militar, o furto de lenha ou o arranque de autocolantes de viaturas da guarda.
No final de 2009, um advogado denunciou ao Comando de Vila Real e ao Ministério Público alegadas irregularidades que se estariam a passar naquele posto, com militares a queixarem-se da atribuição de carros "velhos" e a "distribuição dos giros mais complicados".
Setenta por cent o dos processos levantados no comando da GNR de Vila Real, relacionados com acções disciplinares ou averiguações, estão concentrados neste posto onde prestam serviço 30 guardas.