Não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital o homem, de 60 anos, atropelado após assaltar um posto de combustível da Repsol, na noite de sábado, em Serzedo (Gaia).
Corpo do artigo
Manuel Pereira Fortuna Serra, que residia a cerca de 500 metros do local do crime, já tinha estado preso por roubos à mão armada e era referenciado pelas autoridades por vários outros crimes, incluindo violência doméstica.
O indivíduo foi colhido por um automóvel conduzido por um militar da GNR que presta serviço em Santa Maria da Feira e que estava, na altura, de folga. O guarda encontrava-se na viatura com um filho, de dois anos, à espera da mulher, que tinha ido à loja de conveniência da gasolineira. Ao deparar com o assaltante, encapuzado e empunhando uma pistola - que veio a apurar-se ser falsa -,o militar tentou sair rapidamente dali, arrancou com o veículo e acabou por colher o homem, que ficou preso debaixo do carro e teve de ser retirado pelos Bombeiros da Aguda.
Ameaça com arma
Com ferimentos muito graves na cabeça e no peito, Manuel Serra foi transportado em estado crítico ao Hospital de Santos Silva, em Gaia. O óbito foi declarado ao início da tarde de domingo.
Momentos antes de ser atropelado, Manuel, que até era cliente habitual daquele posto de combustível, tinha acabado de roubar cerca de 200 euros, após ameaçar os funcionários com a arma, por volta das 22 horas. Na posse do dinheiro da caixa e para consumar a fuga, ainda tentou roubar o carro de um funcionário das bombas.
O indivíduo residia com a companheira, funcionária de um supermercado, e com um filho adolescente, na Rua do Outeiro. O seu passado criminal era conhecido. "Esteve preso uns anos por assaltar um banco em Grijó", disse um vizinho, falando também em casos mais recentes de violência doméstica. Em 2001, foi detido em flagrante pela GNR a assaltar uma farmácia, em Arcozelo.