<p>A PJ de Lisboa está finalmente a investigar as violentas agressões de que foi alvo Sandra R., amiga do director desportivo do Benfica, Rui Costa. O processo chegou a semana passada à PJ e os indícios apontam para tentativa de homicídio, segundo soube o JN.</p>
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O caso esteve até quarta-feira passada no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Ministério Público junto do Tribunal da Amadora, onde se encontrava desde dia 12 de Novembro, data em que Sandra R. foi atacada.
Sandra, de 36 anos, que era amiga e foi namorada de Rui Costa, antes de ele ter casado, foi atacada na sua própria casa por dois indivíduos, na Damaia, que surgiram à sua porta com um ramo de flores, simulando uma pacífica atitude.
Sandra, que é hospedeira da TAP, foi violentamente agredida pelos dois desconhecidos. Os indivíduos usaram gás pimenta para a dominar, após o que se seguiram murros e pontapés de forma indiscriminada.
Inicialmente, o Ministério Público inclinava-se para ofensas à integridade física graves, que poderiam ser qualificadas, face à atitude insinuosa dos agressores, mas os efeitos na vítima, que esteve 15 dias no hospital e teve de sofrer intervenções cirúgicas devido às lesões provocadas no fígado, baço e no rosto, levaram à conclusão de que terá havido tentativa de homicídio.
A Judiciária já começou a fazer diligências, ouvindo várias pessoas, e há a certeza de que o roubo dos três telemóveis da vítima e dos dois computadores portáteis poderá ter sido apenas uma forma de esconder o verdadeiro objectivo, afastar Sandra.
Há, também, a possibilidade de os assaltantes, com o roubo dos telemóveis, impedirem o acesso das autoridades às ameaçadoras mensagens que a hospedeira recebeu antes de ser atacada - uma delas dizia "Vou matar-te".
As operadoras, porém, mantêm registados os dados de tráfego dos telemóveis.