
O Tribunal de Torres Vedras começou, esta sexta-feira, a julgar a mulher que arremessou uma pedra dentro da sala de audiências na última sessão do julgamento do 'Rei Ghob' e marcou para dia 26 a leitura da sentença.
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O julgamento iniciou-se duas semanas após a ocorrência dos factos, porque se trata de um processo sumário e uma vez que a arguida foi detida em flagrante delito.
Fonte ligada ao processo disse à agência Lusa que, na acusação, o Ministério Público considerou que a arguida, tia de uma das alegadas vítimas de Francisco Leitão, "agiu premeditadamente com especial censurabilidade e perversidade".
Contudo, a agressora, de 38 anos, explicou em tribunal que "tinha apanhado a pedra na rua para a arremessar na rua ao alegado homicida, acusado de quatro crimes de homicídio, mas os nervos pelo adiamento da leitura do acórdão do caso levaram-na a agir".
A mesma fonte adiantou que, face ao depoimento da arguida, a advogada pediu uma alteração da qualificação de um crime de ofensas à integridade física qualificada de que está acusada para um crime simples.
O julgamento teve como testemunhas a vítima, uma advogada que representa o pai de uma das alegadas vítimas de 'Rei Ghob', e agentes da PSP que estavam a assegurar a segurança dentro da sala de audiências.
No dia 6 de fevereiro, no final do julgamento, a mulher arremessou a pedra da calçada dentro de uma bolsa de cosméticos em direção a Francisco Leitão, quando este saía da sala de audiências, mas o objeto acabou por atingir a advogada, numa altura em que esta se despedia do coletivo de juízes do processo.
