Os magistrados que investigaram o chamado 'caso Freeport' decidiram que não havia indícos que permitissem a reabertura do processo, pelo que este foi arquivado, segundo a Procuradoria Geral da República.
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O Tribunal do Barreiro tinha, em julho, absolvido os dois arguidos do processo Freeport, Manuel Pedro e Charles Smith, de tentativa de extorsão, tendo extraído na altura uma certidão para averiguar alegados pagamentos ilegais dentro do Ministério do Ambiente.
Na altura, o coletivo de juizes, liderado por Afonso Andrade, considerou que do julgamento resultaram fortes indícios que existiram pagamentos dentro do Ministério do Ambiente e da Administração Pública, tendo por base os depoimentos de três testemunhas que referiram que o antigo primeiro-ministro José Sócrates [na altura ministro do Ambiente] tinha recebido pagamentos em dinheiro para viabilizar o projeto do outlet de Alcochete.
Os juízes entenderam não desvalorizar esses depoimentos e mandaram extrarir certidão autónoma para que esses indícios fossem averiguados.
Segundo a PGR, depois de analisarem cuidadosamente toda a prova, os procuradores concluíram que não havia indícios que permitissem a reabertura do processo, pelo que decidiram pelo arquivamento.