<p>Saiu do tribunal "indignado", mas não deixou de sorrir e, bem disposto, revelou-se "preparado para tudo". Apesar de "surpreso" com a condenação, deixou a certeza: "Sou candidato à Câmara Municipal de Oeiras".</p>
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Já pela noite voltou a reiterar a sua inocência publicamente: "Desafio-vos a lerem o processo. Reitero a minha inocência e acredito que se fará justiça. Não foram apresentadas provas. O tribunal considerou a prova arbitrariamente", afirmou, realçando: "À política o que é política e à justiça o que é da justiça", disse, avançando que se recandidata por manter "a determinação, persistência e defesa dos interesses dos oeirenses".
Apesar de condenado a uma pena acessória de perda de mandato, Isaltino Morais mantém a sua recandidatura porque a decisão ainda não pode ser considerada definitiva, por ser passível de recurso para o Tribunal de Relação de Lisboa.
"Por enquanto não é condenação nenhuma. Só o é quando transitar em julgado. Vamos a votos, a minha candidatura está apresentada com cerca de 10 mil assinaturas e os Oeirenses sabem escolher", justificou ainda, para criticar: "Se não fosse o Isaltino Morais, presidente da Câmara de Oeiras e ex-ministro a ser julgado provavelmente teria sido absolvido já. Provavelmente há quem queira que eu sirva de exemplo e eu serei um bom exemplo".
"Não posso ser o bode expiatório da classe política. Não foi provada a origem ilícita do dinheiro. Isto tem a ver com quatro mil contos de dois quadros que vendi e um prédio de 80 metros quadrados. Parte do dinheiro é de sobras de campanhas eleitorais", insiste.
O autarca formalizou, na sexta-feira passada, a candidatura do grupo de cidadãos eleitores "Isaltino - Oeiras Mais à Frente" à Câmara, Assembleia Municipal e às dez freguesias do concelho, com a entrega de cerca de 10 mil assinaturas no Tribunal de Oeiras.
À excepção do candidato da CDU, Amílcar Campos, Isaltino Morais irá encontrar novos rostos nas candidaturas concorrentes. No PSD, a escolha recaiu sobre Isabel Meirelles, professora universitária e especialista em assuntos europeus. Marcos Perestrello, antigo vereador na Câmara de Lisboa, é o candidato socialista e Francisco Silva, do Bloco de Esquerda. S.O./F.M.