PJ desmantelou grupo criminoso que cometeu rapto e agressões após negócio mal sucedido
A Polícia Judiciária desmantelou um grupo criminoso ligado ao tráfico de droga, o qual intervinha directamente e de forma violenta na recuperação de produto estupefaciente que lhe fosse subtraído, tendo cometido o crime de rapto.
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A PJ adianta, em comunicado, que, no âmbito da acção policial, foram detidos três elementos do grupo, realizadas buscas domiciliárias em todos os seus domicílios e apreendido elevado montante em dinheiro, produto de corte, diversos telemóveis, munições proibidas e uma viatura de elevada cilindrada, utilizada no crime de rapto agravado.
Os detidos, dois deles com antecedentes criminais, todos com cerca de 30 anos, serão submetidos a primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação consideradas adequadas.
Tudo começou quando aos ora detidos foi subtraído produto estupefaciente, num negócio mal sucedido e que tinha sido proposto por um intermediário tido como sendo elemento de confiança.
Ao detectaram o logro - relata a PJ - agrediram imediatamente, de forma "bárbara e violenta", o intermediário, com murros e pontapés na cabeça e tronco, imobilizando-o com a projecção de gás pimenta para os olhos, colocando-o de seguida e à força no interior de uma viatura, onde foi transportado até um local de cárcere.
De seguida, exigiram continuamente ao agredido o pagamento de uma elevada quantia em dinheiro, em troca da sua libertação, sendo que, por o ofendido ter afirmado não possuir tamanha quantia, passaram então a exigir-lhe que entrasse em contacto telefónico com todos os seus familiares e amigos, para assim poder ser libertado.
"As agressões continuaram a ser infligidas, com murros e pontapés, tendo chegado a ser utilizado um pau, com o qual atingiram o tronco e a cabeça do ofendido, levando-o, desta feita, a perder os sentidos", descreve a PJ.
As agressões causaram fracturas nas costelas, uma das quais perfurou os pulmões e que só não provocou efeitos mais nefastos mercê de um intervenção cirúrgica a que foi submetido.
Segundo a PJ, frustrados por não obterem a quantia exigida, os agressores abandonaram o ofendido que se encontrava inanimado, depois de se terem apropriado da sua viatura e do seu telemóvel.
A investigação esteve a cargo da Unidade Nacional Contra-Terrorismo (UNCT) da PJ, sob a coordenação do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.