<p>O director nacional adjunto da Polícia Judiciária, Pedro do Carmo, garantiu hoje, sexta-feira, que não há actividade mafiosa em Portugal, depois de na quinta-feira a PJ ter detido um italiano com ligações à organização siciliana.</p>
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"Não temos indícios de actividade de tipo mafioso em Portugal. Tal como já tivemos no passado, são pessoas com ligações a organizações do tipo mafioso que procuram refúgio em Portugal", disse Pedro do Carmo à agência Lusa.
Giovanni Lore, o italiano com ligações à máfia, tinha um mandado de detenção europeu depois de ter escapado à detenção numa operação realizada pela Polícia transalpina na Sicília que culminou com a detenção de 30 sicilianos.
Lore fugiu de Itália e escolheu a cidade espanhola de Vigo para viver, antes de residir no Carvalhal, concelho do Bombarral, onde foi capturado.
Pedro do Carmo adianta que "não existe em Portugal uma estrutura organizada, hierarquizada, com regras muito estritas que tentem concretizar o seu desígnio criminoso com recurso à violência, como é o caso da máfia".
"Os crimes praticados em Portugal não têm ligações com estruturas mafiosas", acrescentou.
A PJ deteve na quinta feira um grupo de sete pessoas, dois portugueses, um brasileiro e quatro italianos.
Uma outra fonte disse à Lusa que o italiano sobre quem pende o mandado de detenção europeu é Giovanni Lore, suspeito de ser um dos líderes da máfia siciliana.
Na operação "Máfia do Oeste" foram apreendidos diversos veículos, vários computadores e pen, documentação comercial, carimbos sobre firmas clonadas e uma arma de fogo.
Os sete arguidos serão esta tarde presentes ao juiz de instrução criminal de Leira para eventual aplicação de medidas de coação.