A Polícia Judiciária está a investigar o ataque informático levado a cabo, na sexta-feira, pelo grupo "Anonymous Portugal" contra a página na internet da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.
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"Tanto quanto sabemos a página oficial da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) foi a única a ser atacada. As investigações e as diligências já estão em curso e estamos a trabalhar no sentido de se apurar os autores deste ataque informático. Não é a primeira vez que este tipo de situações acontece e provavelmente não será a última", referiu fonte policial à Agência Lusa.
Em comunicado emitido, este sábado de manhã, a Procuradoria-Geral da República informa que "servidores que alojam sites do Ministério Público foram, durante o dia de ontem, alvo de um ataque informático". A nota acrescenta que "foram tomadas todas as providências necessárias para resolver a questão do ponto de vista técnico", e "logo ontem foi também aberto um inquérito-crime com vista à investigação destes factos".
Às 11.30 horas deste sábado, a página na internet da PGDL permanecia inacessível.
O site tugaleaks.com avançou na sexta-feira que o grupo "Anonymous Portugal" levou a cabo um ataque informático à página da internet da PGDL, tornando acessíveis online dados pessoais de mais de dois mil procuradores do Ministério Público, entre as quais nomes, números de telemóvel ou telefone fixo, e senhas de acesso à área reservada aos magistrados na página da PGDL.
Segundo o tugaleaks.com, o mesmo grupo efetuou ainda uma alteração à página do SIMP - Sistema de Informação do Ministério Público -, onde colocou uma página dedicada ao 25 de Abril afirmando que "isto é o principio de uma exposição" e "isto é o descontentamento pela vossa inércia e cooperação com os marginais que têm levado Portugal a uma pobreza maior que à [sic] 40 anos atrás".