O juiz do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, Carlos Alexandre, encerrou a audição dos agentes da PSP detidos sexta-feira por tráfico de droga, segurança privada ilegal e outros ilícitos pelas 22 horas de sábado, tendo ouvido dois dos cinco arguidos.
Os trabalhos começaram pelas 15.20 horas, altura em que começou a ser ouvido o primeiro agente. O segundo elemento da PSP começou a ser interrogado pelas 17.50 horas e só terminou às 21.55. À saída, os advogados recusaram-se a prestar declarações.
Os trabalhos recomeçam domingo pelas 9.00 horas com o interrogatório do único detido que não pertence à PSP e dos dois restantes agentes, um dos quais é considerado o "líder" do grupo.
As medidas de coação só serão conhecidas depois de o juiz ter ouvido todos os detidos.
Além dos quatro polícias detidos - um oficial (subcomissário), um chefe e dois agentes da PSP -, foi também detido um cidadão civil. Os cinco detidos têm idades entre os 32 e 47 anos e são todos do Comando Metropolitano de Lisboa, designadamente da zona de Cascais.
Os polícias constituídos arguidos estão ainda no activo, podendo vir a ser alvo de processos disciplinares, admitiu o mesmo responsável da PSP.
No âmbito de uma investigação coordenada pela Unidade Especial de Combate à Criminalidade Especialmente Violenta do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, iniciada em Março, outros quatro suspeitos - incluindo três elementos da PSP (um oficial e dois agentes) - foram também constituídos arguidos, mas não foram detidos por "não estarem reunidos os pressupostos legais para a sua detenção".
