<p>"Não faço a mínima ideia. Não posso falar de uma coisa que não sei". Foi desta forma que, confrontado ontem pelo JN, Domingos Duarte Lima respondeu sobre a decisão das autoridades brasileiras em enviar para Portugal os autos da investigação sobre a morte de Rosalina Ribeiro, a fim de ser aberto um inquérito criminal.</p>
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O advogado, ex-deputado e ex-líder parlamentar do PSD confirmou, ainda, numa nota enviada ao nosso jornal, ter tido uma reunião de trabalho, no Rio de Janeiro, com a então cliente, a 7 de Dezembro do ano passado " a pedido da própria". Mas garante que só quando chegou a Portugal, volvidos "alguns dias", é que tomou conhecimento de que a cliente se encontrava desaparecida desde aquele dia.
"De imediato, e por iniciativa própria, enviei uma comunicação escrita às autoridades brasileiras, dando nota detalhada do encontro que a mesma tivera comigo, no sentido de as ajudar a reconstituir o último dia em que ela fora vista", conta. Da morte só teve conhecimento a 21 de Dezembro, dias após o corpo ter sido identificado.
Duarte Lima diz considerar "natural" que as autoridades brasileiras tenham pretendido ouvir o seu testemunho, por ter sido "uma das pessoas que se encontrou com a Sra. D. Rosalina Ribeiro no dia do seu desaparecimento".
Duarte Lima está agora fora da vida política activa, exercendo advocacia a tempo inteiro, com escritório em Lisboa. Em simultâneo, é dirigente empenhado da Associação Portuguesa Contra a Leucemia, doença de que padeceu há anos, mas que conseguiu derrotar.