Presidente da Câmara de Gondomar requereu a instrução com fundamentação de facto, pretendendo com isso rebater os crimes de que está acusado pelo Ministério Público.
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O Tribunal de Gondomar inicia a fase instrutória de mais um processo que envolve o presidente da Câmara local, Valentim Loureiro, e que se reporta a alegada burla na transacção da Quinta do Ambrósio.
A fase instrutória - que já esteve marcada para Março - começa às 14 horas, estando agendada uma segunda sessão para terça-feira, às 09:45.
Neste processo, com mais 10 arguidos, está em causa uma operação de compra e revenda de um terreno que, em pouco tempo, deixou de estar na Reserva Agrícola Nacional (RAN) para passar a ter capacidade construtiva, permitindo aos intervenientes um lucro de três milhões de euros.
Valentim Loureiro requereu a instrução com fundamentação de facto, pretendendo com isso rebater os crimes de que está acusado pelo Ministério Público.
Burla qualificada, participação económica em negócio, instigação à administração danosa e prevaricação são os crimes imputados ao presidente da Câmara de Gondomar pelo procurador Carlos Teixeira, o mesmo que produziu a acusação do "Apito Dourado" e que, entretanto, foi colocado na Região Autónoma da Madeira.
Outros co-arguidos que também requereram a instrução do processo reclamam o julgamento do caso no Porto, onde terão ocorrido os principais crimes referenciados na acusação.
Valentim Loureiro já foi condenado em Gondomar no âmbito do processo "Apito Dourado", que teve na sua origem alegadas suspeitas de corrupção e tráfico de influências no futebol profissional e na arbitragem.