O presidente da Associação de Doentes Obesos e Ex-Obesos alertou, ontem, sexta-feira, a ministra da Saúde para a falta de regulamentação do diploma que define a referenciação dos doentes obesos não indicados para cirurgia - é o que falta cumprir do Programa Nacional.
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Hoje, sábado, celebra-se o 6.º dia Nacional da Luta Contra a Obesidade e 1.º dia europeu. A Organização Mundial de Saúde estima que entre 30 a 80% da população adulta europeia tenha excesso de peso; em Portugal, são 60% - sendo que destes seis milhões, 1,7 milhões têm obesidade e 280 mil obesidade mórbida.
Na apresentação do programa de actividades físicas, que hoje a Adexo promove no Estádio Universitário de Lisboa, o presidente da associação aproveitou para alertar a ministra da Saúde para a não aplicação do diploma que define a referenciação dos doentes obesos não indicados para cirurgia - é o que falta cumprir do Programa Nacional.
"Falta aprovar e aplicar. Até lá, os doentes não sabem onde se dirigir porque os centros de tratamento não estão definidos", explicou ao JN Carlos Oliveira.
Ana Jorge manifestou a "disponibilidade" do Ministério da Saúde para "encontrar soluções", mas colocou o foco na prevenção. As políticas devem facilitar mudanças de comportamento como o programa de distribuição de fruta nas escolas, referiu.
Portugal, sublinhou Carlos Oliveira, foi pioneiro no reconhecimento da obesidade como doença crónica. A Adexo lançou dia 19 uma petição para que o Parlamento Europeu delibere a favor do reconhecimento do dia europeu e da obesidade enquanto doença crónica, por todos os estados-membros. A eurodeputada do PS Edite Estrela "comprometeu-se" - garantiu Carlos Oliveira - a apresentar a iniciativa no PE. São necessárias um milhão de assinaturas.