O presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve não teme um alastramento da moda do "balconing" ao Algarve. Diz que o tipo de clientes é diferente e que, à excepção do período do Euro 2004, os comportamentos "hooliganescos" não são normais na região.
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“Os ingleses que procuram o Algarve viajam em família, com filhos pequenos. Esses comportamentos desviantes são próprios dos jovens que não são o nosso público-alvo”, explicou Elidérico Viegas.
Aliás, segundo o responsável, desde o Euro 2004 que não há qualquer registo de comportamentos “hooliganescos” e muito raramente ocorrem problemas deste género.
Elidérico Viegas conhece a realidade de Palma de Maiorca e explica que antigamente o público-alvo daquela ilha eram os alemães de meia-idade. Com a fuga destes turistas e o aparecimento dos voos “low-cost”, os hotéis apostaram em preços mais baratos que atraíaram muitos jovens “com comportamentos de risco e espírito aventureiro que é potenciado pelo álcool”.
Na opinião do hoteleiro, as medidas punitivas não são aconselháveis e até poderão funcionar ao contrário, dado o espírito rebelde de quem pratica aqueles actos.
“Não podem ser medidas tomadas em cima dos acontecimentos, têm de ser medidas ponderadas e decididas por pessoas conhecedoras e devem focar-se essencialmente na prevenção e sensibilização”, aconselhou.