Cerca de uma centena de alunos de escolas secundárias de Lisboa estavam concentrados cerca das 10.50 desta quarta-feira no Saldanha, na capital, em protesto contra os cortes no ensino, exibindo autocolantes onde se lê "Não entre na escola e não fique em casa".
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Alunos das escolas Luís de Camões, Eça de Queiroz, Virgílio Ferreira e Passos Manuel estão desde as 10 horas na rua exibindo cartazes com frases como "Prós bancos vão milhões e prás escolas só tostões" ou "Estão a matar o futuro".
"Estamos aqui a lutar pelos direitos dos alunos e contra os cortes na educação, faltam alunos e funcionários das escolas", contou à agência Lusa Miguel Martins, presidente da associação de estudantes da escola secundária Eça de Queirós, situada no bairro lisboeta dos Olivais.
De acordo com este jovem de 18 anos, "há funcionários nas escolas que trabalham 12 horas por dia e ganham 400 euros por mês para fazer todas as tarefas que são precisas".
Cerca das 11 horas, os alunos saíram da Praça Duque de Saldanha em direção ao Ministério da Educação, na avenida 05 de outubro, obrigando ao encerramento à circulação de algumas ruas daquela zona das Avenidas Novas.
Durante o percurso, os estudantes gritaram palavras de ordem como "Está na hora/ Está na hora/ de o Governo se ir embora" e "Alunos unidos jamais serão vencidos".
A manifestação, à qual 47 associações de estudantes de escolas portuguesas anunciaram na terça-feira que iam aderir, decorre noutras cidades portuguesas.