Alunos do básico e secundário manifestaram-se, esta quarta-feira, contra os cortes na educação que dizem sentir-se na falta de condições nas escolas e carência de professores e funcionários. Veja as imagens.
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O descontentamento dos alunos do básico e secundário saiu, esta quarta-feira, à rua.
Em Lisboa, participaram alunos de cinco escolas - Secundária de Camões, António Arroio, D. Pedro V, Luísa de Gusmão e António Damásio -, mas os estudantes garantem que há protestos um pouco por todo o país, nomeadamente no Porto.
Cerca de meia centena de alunos concentraram-se na Praça do Saldanha e seguiram para a Avenida 5 de Outubro, exigindo turmas mais pequenas, mais professores e funcionários, mais apoios sociais e melhores instalações escolares.
"As razões para estarmos aqui hoje são todos os cortes que têm sido feitos ao ensino público pelos sucessivos governos PS, PSD e CDS. Estamos contra os 704 milhões que foram cortados no novo orçamento de estado para o ensino público", disse à Lusa Beatriz Tadeu, aluna da Escola Secundária de Camões e uma das organizadoras da manifestação, em frente ao edifício do Ministério da Educação e Ciência (MEC).
A falta de obras, os cortes no passe escolar, as escolas "onde chove dentro das salas de aulas", as turmas sobrelotadas, o aumento do preço dos manuais escolares e a privatização das cantinas e consequente aumento do preço das refeições foram alguns dos problemas apontados e descritos na moção lida hoje e que exigia "a demissão do Governo e o fim das políticas de destruição da escola pública".
"Sentimos que os cortes estão a afetar a escola pública por todo o país", resumiu Bianca Santos, 18 anos, aluna na escola secundária António Arroio, enquanto os colegas gritavam palavras de ordem como "Este Governo não tem educação" ou "Mais, mais, mais, condições materiais".
"Os estudantes estão na rua e vão continuar enquanto não virem os seus direitos salvaguardados", afirmou Beatriz Tadeu.
Kaoê Rodrigues, 18 anos, lembrou que o dia de hoje foi escolhido a nível nacional "para demonstrar o descontentamento dos estudantes aos ataques à escola pública" e por estar próximo ao dia 24 de março, Dia do Estudante.