<p>O papa Bento XVI proclamou hoje, sábado, solenemente 24 novos cardeais no início do consistório, que decorre na basílica de São Pedro e que é o terceiro do seu pontificado. </p>
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Depois da leitura em latim do ritual da criação de cardeais e da proclamação dos mesmos, o Papa colocará durante a cerimónia o capelo cardinalício, que juntamente com o anel, são os símbolos dos "príncipes da Igreja".
O anel será entregue durante a missa solene que Bento XVI celebrará domingo no templo Vaticano com todos os cardeais.
Dos novos cardeais, 20 são eleitores porque têm menos de 80 anos, ou seja podem participar num eventual conclave para eleger o Papa.
Os outros quatro são octogenários pelo que não podem entrar nos conclaves mas podem ser eleitos papa.
Dos 24, 15 são europeus, dois da América Latina, dois norte-americanos, quatro africanos e um é asiático.
O Colégio cardinalício fica composto por 203 "príncipes da Igreja", dos quais 121 poderão participar num eventual conclave para eleger o Papa por terem menos de 80 anos.
Os dois cardeais portugueses são José Saraiva Martins e José Policarpo.
Destes 203 cardeais, 111 são europeus, 31 da América latina, 21 dos Estados Unidos e Canadá, 17 africanos, 19 asiáticos e quatro da Oceânia.
Bento XVI já tinha nomeado 38 cardeais (36 ainda vivos, 30 com direito a voto).
Depois deste consistório, a Itália reforça o seu estatuto de país com maior número de cardeais eleitores (25).
" Itália seguem-se os Estados Unidos (13 cardeais eleitores), Alemanha (seis), Brasil, Espanha e França (cinco cada), México e Polónia (quatro cada).
Estes oito países totalizam 67 cardeais com direito a voto num eventual conclave, mais de metade do colégio de eleitores.
Qualquer cardeal é, acima de tudo, um conselheiro específico que pode ser consultado em determinados assuntos quando o papa o desejar, pessoal ou colegialmente.
Durante o período de "Sede vacante", após a morte do papa, o colégio cardinalício desempenha uma importante função no governo geral da Igreja e também no governo do Estado da Cidade do Vaticano.
Os requisitos para ser criado cardeal são, basicamente, os mesmos que estabeleceu o Concílio de Trento a 11 de Novembro de 1563: homens que receberam a ordenação sacerdotal e se distinguem pela sua doutrina, piedade e prudência no desempenho dos seus deveres.