Cada preso custou ao Estado português mais de 50 euros por dia, em 2010, um gasto que no total dos detidos chegou aos cerca de 225 milhões de euros nesse ano, segundo um relatório do Conselho da Europa.
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O documento sobre as prisões europeias, divulgado esta sexta-feira, adianta que, em média, um preso custou 53,7 euros por dia, em 2010, valor idêntico ao que foi gasto com os jovens que se encontram institucionalizados em centros educativos.
O relatório sublinha que, no total, foram gastos 224,8 milhões de euros em 2010 com a população prisional, tendo os presos que aguardam julgamento representado para o Estado um custo de 44,187 milhões de euros.
O documento, que inclui as estatísticas anuais do Conselho da Europa, refere também que um em cada cinco dos detidos nas prisões portugueses (2.075) foi condenado por tráfico de droga em 2011, sendo este o crime responsável pelo maior número de condenações.
No segundo lugar da lista surgem os 1.468 detidos condenados por roubo (14, 3%), seguindo-se os 1.268 por furto (12,4%) e os 1.062 por homicídio (10,4%), adiantam as estatísticas.
O Conselho da Europa indica, no documento, que a população prisional portuguesa era de 12.681, em 2011, mas este número, segundo as últimas estatísticas da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, aumentou no último ano, existindo atualmente 13.858 presos.
O relatório destaca que Portugal está na lista dos 10 países europeus com maior crescimento da população prisional, entre 2010 e 2011, tendo o número de detidos aumentado 9,9% nesses anos.
A liderar esta lista está a Bulgária, com 21,9%, seguido da Lituânia (16,6%), Irlanda do Norte (15%), Albânia (13,7%) e Portugal.
As estatísticas do Conselho da Europa mostram também que a tendência de aumento dos presos em Portugal se regista desde 2007.