O presidente da República salientou esta sexta-feira, no Porto, que as dificuldades económicas em que vive o país não podem por em causa a aposta no desenvolvimento científico. No discurso de inauguração do novo edifício da Faculdade de Farmácia e do Instituto de Biomédicas, Cavaco Silva afirmou também que não pode ser travado o acesso dos mais pobres ao Ensino Superior.
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No discurso com que assinalou uma data chave para o ensino da Medicina no Norte do país, o presidente da República salientou que "a ideia de que a crise económica que vivemos constitui razão suficiente para se abandonar a aposta no desenvolvimento do conhecimento científico seria certamente uma visão míope".
Os "imperativos de contenção e rigor na gestão e no dispêndio de fundos públicos não devem fazer perigar o acesso dos mais carenciados ao Ensino Superior" assim como não podem por em causa a existência de um "corpo docente e científico qualificado e mobilizado".
Portugal "não se pode dar ao luxo de perder para o estrangeiro", acrescentou Cavaco Silva.
O presidente da República deixou ainda um elogio implícito ao Governo, salientando que "devem ser criadas as condições necessárias para que os melhores investigadores se fixem no país". Neste sentido, Cavaco Silva reconheceu a existência de um "bom sinal" que é a "prevista elaboração de um estatuto do bolseiro que reconheça e valorize o seu trabalho".