As celebrações públicas do Natal e do Ano Novo estão proibidas este ano na Serra Leoa devido ao ébola, anunciou o chefe do centro nacional de luta contra a epidemia, Palo Conteh.
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Em declarações aos jornalistas, Palo Conteh adiantou que serão destacados soldados para patrulharem as ruas e impedirem as festividades. "Vamos garantir que toda a gente fica em casa para refletir sobre o ébola", disse.
Embora o islamismo seja a religião dominante na Serra Leoa, mais de um quarto da população é cristã e as concentrações públicas e festas são comuns durante o período festivo.
O chefe do centro nacional de luta contra a epidemia (NERC) não referiu datas exatas para a proibição ou eventuais exceções. Nos últimos recolheres obrigatórios a nível nacional, as pessoas eram autorizadas a sair para rezar e para tratar de "assuntos essenciais".
De acordo com os regulamentos de emergência seguidos atualmente no país, os bares e casas noturnas foram encerrados e as reuniões públicas estão proibidas, embora não exista qualquer limitação quanto ao trabalho ou ao vaguear.
A Serra Leoa, que ultrapassou a Libéria e conta com o maior número de casos do vírus do ébola, registou 1319 infeções nas últimas três semanas. Desde o início da epidemia, há cerca de um ano, o país registou 7798 infetados.
Mais de 6330 pessoas morreram e 17800 foram contaminadas nos três países mais afetados da África Ocidental (Serra Leoa, Libéria e Guiné-Conacri), segundo o último balanço da Organização Mundial da Saúde divulgado na segunda-feira.