Demissões no S. João mostram "degradação" entre Governo e profissionais, diz PCP
O PCP/Porto afirmou que a demissão "em bloco" dos dirigentes intermédios do Hospital de São João só surpreende quem não está atento à "degradação" das relações do Ministério da Saúde com os profissionais das diferentes classes.
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"A reorganização hospitalar prevista em portaria, recentemente publicada, feita contra os pareceres dos interessados, sem suporte técnico sustentável e contra os interesses das populações, é uma imagem de marca de um ministério e de um governo que só se preocupam com os números, a cortar naqueles que mais têm sofrido, e não levam em consideração os prejuízos que causam", refere o PCP, em comunicado enviado à Lusa.
Segundo os comunistas, a realidade vivida no Hospital São João e, em geral, no Serviço Nacional de Saúde (SNS), tem como traços dominantes a "degradação" da qualidade dos serviços prestados devido, essencialmente, à falta de materiais.
"Os profissionais de saúde são atingidos nos seus direitos de forma violenta, os hospitais não são contemplados com as verbas indispensáveis ao seu funcionamento e é privilegiada a discricionariedade", lê-se na nota.
O atual Governo está a destruir "progressivamente" o SNS, entende este partido.