Um deslizamento de terras danificou esta madrugada uma habitação em Ponte da Barca e obrigou ao realojamento de duas pessoas, sendo esta uma das 67 ocorrências verificadas no Alto Minho devido ao mau tempo.
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Segundo informação do Centro Distrital de Operações de Socorro de Viana do Castelo, o deslizamento de terras atingiu parcialmente uma habitação unifamiliar em Crasto, Ponte da Barca, às 1.49 horas de sábado.
"Houve necessidade de realojar as duas pessoas que ali residiam em habitações de familiares e a situação está a ser acompanhada pelo serviço de proteção civil municipal", precisou à agência Lusa o comandante distrital de operações de socorro.
Segundo Paulo Esteves, os bombeiros tiveram ainda de resgatar, com meios rodoviários pesados, duas pessoas que se encontravam num bar em Ponte de Lima e que foram surpreendidas pela subida das águas do rio Lima.
No total, acrescentou Paulo Esteves, o distrito de Viana do Castelo contabilizou entre as 8 horas de sexta-feira, altura em que foi acionado o alerta de mau tempo, e as 10 horas de sábado um total de 67 ocorrências.
Nomeadamente 22 quedas de árvores, 20 inundações, 10 deslizamentos de terras, quatro desabamentos e três quedas de estruturas, entre outras.
Encerradas ao trânsito automóvel continuam as pontes românicas de Vilar de Mouros, em Caminha, e Estorãos, Ponte de Lima, devido à subida das águas, respetivamente, dos rios Coura e Estorãos, o que já acontece há cerca de 24 horas.
A estrada municipal 505, em Sabadim, Arcos de Valdevez, foi igualmente encerrada ao trânsito devido à subida das águas do rio Vez.
Segundo Paulo Esteves, a "preocupação" das próximas horas centra-se no vento intenso que ainda é esperado assim como na monitorização dos caudais dos rios, nomeadamente do Lima, e eventuais inundações em Ponte de Lima e Ponte da Barca.
A Proteção Civil colocou na sexta-feira em alerta laranja o dispositivo de operações de proteção e socorro em oito distritos de Portugal Continental (Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria, Lisboa e Setúbal) devido ao agravamento das condições meteorológicas.
Por seu lado, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera colocou 15 distritos portugueses sob aviso vermelho, o mais grave numa escala de quatro, entre as 6 horas e as 12 horas, devido à previsão de ventos fortes.