Um estudo francês mostrou que 14 doentes com vírus VIH/sida se mantiveram saudáveis anos depois de pararem os tratamentos, o que aponta para a possibilidade de a intervenção médica precoce funcionar como uma "cura funcional" para a doença.
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A investigação, publicada na quinta-feira na revista norte-americana "PLos Pathogenes", segue-se à revelação de que um bebé no Mississipi parece estar curado da infeção por VIH depois de um tratamento com antirretrovirais que se iniciou às 30 horas de vida.
O estudo envolveu 14 adultos, tratados com uma série de antirretrovirais após 10 semanas de infeção, em média, que pararam depois o tratamento três anos mais tarde.
O grupo tem sido capaz de manter as cargas virais controladas por uma média de sete anos e meio sem tratamento com medicamentos, refere o estudo.
No início deste mês, médicos norte-americanos anunciaram que um bebé infetado com o vírus da sida ficou curado, apresentando o caso como o primeiro de "cura funcional" de uma criança contaminada à nascença com o VIH, transmitido pela mãe seropositiva.
Para os virologistas, não se trata da erradicação do vírus, mas sim do seu enfraquecimento, de tal maneira que o sistema imunitário da criança pôde controlá-lo sem antirretrovirais.