Ébola obriga a quarentena imediata de 1,2 milhões de habitantes na Serra Leoa
A Serra Leoa colocou sob quarentena, com efeitos imediatos, três regiões do país onde vivem 1,2 milhões de pessoas, para evitar a propagação da epidemia de Ébola. A febre hemorrágica já causou 2917 mortos na África Ocidental, segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde.
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A febre hemorrágica Ébola já causou 2917 mortos na África Ocidental, em 6263 casos, segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS), com dados que se reportam a domingo, dia 21 de setembro.
Os três países mais afetados pela epidemia, a mais grave desde que o vírus foi identificado, em 1976, e que ressurgiu na Guiné-Conacri, no final de dezembro do ano passado, são a Libéria, a Guiné-Conacri e a Serra Leoa.
Desde então e até ao último domingo, registaram-se 1677 mortos na Libéria, em 6263 casos; 635 mortos na Guiné-Conacri em 1022 casos; 597 mortos na Serra Leoa em 1940 casos; oito mortos na Nigéria em 20 casos e um caso registado no Senegal.
Uma outra epidemia de Ébola, distinta da que atinge a África Ocidental, já matou 41 pessoas em 68 casos no noroeste da República Democrática do Congo, desde que apareceu a 11 de agosto e até 18 de setembro, segundo dados divulgados pela OMS.
Quarentena na Serra Leoa
A Serra Leoa colocou sob quarentena, com efeitos imediatos, três regiões do país onde vivem 1,2 milhões de pessoas, para evitar a propagação da epidemia.
"Os distritos Por Loko (norte) Moyamba (sul) estão sob quarentena com efeitos imediatos", anunciou o presidente, Ernest Bai Koroma, numa declaração televisiva na quarta-feira.
Esta medida, que vai durar o tempo que for necessário, atinge mais de 1,2 milhões de pessoas.
Kenema e Kailahun, dois distritos do leste do país e epicentro da epidemia na Serra Leoa, estão sob quarentena desde o início de agosto.
Atualmente estão afetados cinco dos 14 distritos do país, que totalizam mais de um terço da população afetada pela restrição de circulação do Governo.
"As pessoas que vivem nas zonas sob quarentena vão sofrer numerosas dificuldades, mas a sobrevivência dos cidadãos do nosso país é a nossa prioridade", frisou o presidente Koroma.